Veja a previsão dos especialistas para o e-commerce após a crise

Postado por Visual Set em 15/07/2020

Nem vendas físicas, nem vendas on-line: apenas vendas. A pandemia criou um novo cenário para o consumo, com o e-commerce crescendo exponencialmente. E ele será caracterizado pela combinação de canais para pesquisa, compra, entrega e pós-venda.

Essa é a principal conclusão da live O futuro do e-commerce pós-Covid-19, o primeiro encontro do webinar "Estratégias para o Seu Negócio Vencer a Crise", realizado no fim de junho pela revista Pequenas Empresas & Grande Negócios (PEGN) em parceria com a Visa, com o objetivo de avaliar o novo cenário econômico resultante das transformações provocadas pela pandemia.

“O Covid-19 atuou como uma cápsula do tempo. Tudo o que a gente imaginou que aconteceria no futuro, com a adesão em massa ao comércio on-line, o omnichannel, a redução do uso do dinheiro físico, a adoção dos sistemas de pagamento por aproximação, está acontecendo agora”, afirmou Ricardo Yuanaga, diretor de Vendas e Soluções para o Comércio da Visa do Brasil.

 

Rennan Julio, Gustavo Chapchap, Mariana Castriota, Priscila Drebes e Ricardo Yuanaga (Foto: Reprodução)

Tendência de crescimento

De fato, os dados confirmam que o cenário é amplamente favorável ao comércio eletrônico: a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) identificou a criação de 107 mil novos estabelecimentos na internet entre 23 de março e 31 de maio, quando antes da pandemia a média era de 10 mil novos sites de e-commerce para este mesmo período.

“A transformação digital estava acontecendo, mas a crise trouxe uma enorme oportunidade, porque diminui a distância entre empresas grandes, que têm recursos, e as pequenas, que têm agilidade”, complementou Gustavo Chapchap, CMO na Jet eBusiness e criador da ZapCommerce, com 14 anos de experiência em e-commerce.

 

“Os empresários que tinham alguma resistência cultural, alguma dificuldade em usar e-commerce, tiveram que aderir. E descobriram que existem muitas ferramentas para auxiliar nesse processo”, explicou Priscila Drebes, diretora das lojas Lebes, investidora e embaixadora Endeavor. “O comportamento do consumidor também mudou. Para quem nunca havia comprado pela internet e o fez agora, esse é um caminho sem volta”.

Canais conectados

Em estudo conduzido em parceria com o movimento Compre & Confie, a ABComm estima que o faturamento do comércio eletrônico, no primeiro trimestre de 2020, aumentou 28% em relação ao mesmo período em 2019, com um crescimento de 30,5% no número de pedidos.

A Visa, por sua vez, identificou que, entre janeiro e março deste ano, mais de 13 milhões de portadores de cartão Visa de mercados-chave da América Latina e Caribe fizeram sua primeira transação de e-commerce ou fizeram esse tipo transação depois de uma pausa de mais de 15 meses. Isso significa que dois em dez portadores de cartões ativos no e-commerce, entre janeiro e março de 2020, são novos no segmento, representando até 14% do total de contas Visa ativas em mercados importantes no período.

Mas, e depois da pandemia? Para Mariana Castriota, gerente de e-commerce do Magazine Luiza, a tendência é a de surgimento de um cenário inédito, em que todos os canais de venda, presenciais ou não, se fundam. “Venho de família de pequenos comerciantes. Sabemos que a loja precisa estar onde o consumidor está, precisa encontrar novas formas de abordagem”, contou.

 

Nesse processo, diz ela, além de entrar no ambiente on-line, muitas pequenas e médias empresas precisarão ajustar processos, de forma a melhorar o controle de caixa e o grau de conhecimento dos clientes.

Para Ricardo Yunaga, com o relaxamento das medidas de isolamento social, as pessoas perceberão que o mundo do comércio físico terá mudado. “O número de pagamentos contactless aumentou cinco vezes em março de 2020 em relação a março de 2019. Isso vai ser uma realidade”, ele exemplifica.

Foco no cliente

Uma das lições aprendidas pelos empreendedores durante a pandemia é que o cliente precisa estar sempre em primeiro lugar, como explica Mariana Castriota: “Se você, empresário, chegou tão longe, construiu um legado, agora basta aplicar as novas tecnologias ao cliente que você quer trabalhar. E-commerce não é um bicho de sete cabeças, basta colocar o seu legado ali”.

Falando em tecnologia para meios de pagamento, a Visa é a responsável pela conexão de 50 milhões de estabelecimentos comerciais em mais de 200 países e territórios a 3,3 bilhões de contas de pagamento, por meio de 15 mil instituições financeiras parceiras.

Diante da pandemia, a empresa criou um hub dentro da plataforma de benefícios, o Vai de Visa, disponível no site www.vaidevisa.com.br/compredopequeno, com dicas para os empreendedores construírem e gerenciarem suas lojas digitais.

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Fonte: @Globo.com