O futuro da logística é omnichannel: lojas físicas unidas ao e-commerce

Postado por Visual Set em 29/01/2021

Se havia alguma dúvida sobre o futuro da logística ser omnichannel, Alessandro Gil, CRO da Linx Digital, apresentou uma infinidade de dados para confirmar a previsão. De cara, ele trouxe o dado de uma pesquisa do Google que aponta o crescimento em 430% nas buscas sobre “entrega rápida”. Outro ponto interessante, e que correlaciona sobre a logística omnichannel, é que 32% dos brasileiros que buscam sobre a disponibilidade do produto em loja se deslocam até 3 quilômetros para fazer a retirada no local. Portanto, a agilidade na entrega já se tornou praticamente uma exigência do consumidor online — principalmente com o advento da pandemia.

Isso acontece porque, segundo Gil, as pessoas prezam cada vez mais pelo tempo, seu maior ativo. “Não dá mais para oferecer processos logísticos morosos. Pra ter uma ideia, 83% dos consumidores milleniuns preferem comprar pelo app e retirar na loja, pois já sabem o que querem”. Um ponto interessante nessa mudança de comportamento é que, das pessoas que retiram compras em pickup stores, 49% levam um item adicional. E é aí que entra um dos principais tópicos abordados por Gil no The Future of E-Commerce – Logística

Utilizar lojas físicas como pontos logísticos

Ao conectar uma loja física ao e-commerce, Gil garante que se abre uma oportunidade enorme de melhorar a experiência de compra — e, consequentemente, o faturamento da loja. “O cliente multicanal é 89% mais fiel quando se trata de uma marca multicanal. E eu nem preciso dizer que é muito melhor reter um cliente a conquistar um novo, certo. Esse tipo de experiência já ocorre em lojas de shoppings, por exemplo, que no pico da pandemia venderam cerca de 70% dos produtos pelo canal online.

Logística omnichannel como o futuro do varejo

A conexão da loja física ao e-commerce abre um novo caminho para o aumento das vendas. Isso porque há o incremento do estoque (que está unificado), o inventário mais que dobra de proporção e, consequentemente, traz uma experiência de compra mais fluida ao cliente e o aumento das vendas. Além disso, há o ponto da economia de frete (mais barato ou de graça), com a chance de levar mais tráfego à loja com outras opções ao cliente — segundo uma pesquisa da Linx, a conversão na loja física sobre em 40%.

Como as empresas estão se preparando

Assim que surgiu essa exigência de uma integração omnichannel, as empresas saíram conectando tudo o que viam pela frente. Porém, perceberam que era preciso ter um centralizador de informações. “Independente de ser físico ou digital, o consumidor está em um único lugar: o de compra. Empresas estão descobrindo que é possível abastecer regiões de pouco giro comercial utilizando-se do e-commerce, por exemplo. “É possível criar hubs de sortimento para aquela determinada região se utilizando do e-commerce. Ou seja, o cliente compra pelo site e a loja, que está mais próxima daquele local, faz a entrega”. Um exemplo apresentado pelo especialista fez referência à Amaro, que aumenta a conversão em 48% sempre que coloca entrega para o mesmo dia.

“De fato há novos desafios às operações das lojas, que antes só vendiam. Hoje, os vendedores têm de fazer picking, packing, chamar a transportadora… São atualizações sem volta, e posso afirmar que o caminho será utilizar a malha de lojas físicas como pickup points de produtos, inclusive aos marketplaces”, encerrou.

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Fonte: @eCommerce Brasil