Black Friday 2021: principais pontos para vender mais no e-commerce

Postado por Visual Set em 22/07/2021

Clientes agora esperam que as empresas forneçam uma experiência real e conectada. Custo pelo benefício será substituído por “custo pela oportunidade”

 

Apesar das projeções do e-commerce no Brasil para 2021 serem bastante otimistas, é fundamental que as empresas estejam preparadas para as oportunidades de vendas ao longo do ano. O Dia das Mães, que é uma data que impulsiona as vendas, registrou apenas leve alta nas vendas ao comparar o mês de maio com abril no e-commerce: 0,10%, segundo dados da Neotrust | Movimento Compre & Confie. Em novembro vem a Black Friday, que exigirá dos gestores bastante atenção em relação à navegabilidade e usabilidade. 

Seja no mobile ou desktop, as empresas precisam estar atentas a todas as etapas da jornada de compra e proporcionar uma experiência única. Para isso precisam estar atentas à inteligência de jornada do Shopper, passando pela transição do Marketing ao e-commerce, iniciativas de conteúdo, connect commerce, conversão e First Party Data.

Durante o Commerce Xperience #3, um evento realizado pela IntegerOutPromo, que teve o objetivo de trocar diferentes percepções sobre a evolução de experiência do shopper durante sua jornada de compra e consumo, foram levantados esses pontos. Os painéis trouxeram a realidade da experiência de compra do shopper nos dias de hoje e como diferentes setores estão enxergando essa constante transformação para criarem conexões simples, verdadeiras e inteligentes. 

Para 2021 é esperado um recorde de vendas na Black Friday, com tíquete médio mais baixo, porém um volume maior. “Os shoppers estão cada vez mais conscientes do que eles compram e de quem compram. As pessoas gastam menos e compram mais on-line. O que isso impacta? Mais concorrência pela mesma venda. É preciso estar preparado para as vendas antecipadas”, conta Carlos Gajo, CSO da IntegerOutPromo, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Veja abaixo a entrevista completa.

Mundo do Marketing - Analisando a questão de e-commerce, quais são as maiores dificuldades ou desafios que as empresas tem ao lidar? 

Carlos Gajo - As dificuldades e desafios são muitos, e mudam sempre. De certa forma, o shopper hoje quer ter toda a experiência que estava acostumado em um ambiente físico. Acredito que o desafio principal que o e-commerce enfrenta atualmente é de que as marcas sejam relevantes o suficiente para irem além da necessidade de consumo. 

Os e-tailers estão sempre evoluindo para que a experiência de compra seja cada vez melhor. Precisamos estar sempre naquele estado de atenção constante para acompanharmos as evoluções: dos formatos de retail media, das ferramentas de integração de dados e, claro, do comportamento do shopper. 

Isso se aplica também em novos pontos de contato com o shopper. Promover a consideração perfeita para gerar tráfego qualificado é uma grande arma de vendas para construirmos relacionamento com os e-tailers e aumentarmos a relevância da marca dentro do e-commerce. 

Não é à toa que a E-Growth - unidade de negócio da IntegerOutPromo e Lew’LaraTBWA - vem muito bem e está sendo sucesso. Porque ela nasceu para justamente conectar a experiência com as categorias no e-commerce, uma experiência de compras integrada, diminuindo a fricção durante a jornada do shopper.

Mundo do Marketing - Como você avalia a questão de e-commerce de marca própria (D2C)? Percebe que teremos novidades nesse campo para a Black Friday desse ano? 

Carlos Gajo - Sem dúvida que essa Black Friday irá bater números maiores de vendas comparados com o sucesso que já foi no ano anterior. E olha que no ano passado chegamos a um expressivo número de 25% de crescimento. Hoje, todas as marcas de todas as categorias querem estar de alguma forma na Black Friday; surfar de alguma maneira no momento em que o shopper busca um desconto, uma oferta. O shopper é que manda! E pode considerar aqui B2C e B2B.

O grande ponto é que não podemos esquecer que as pessoas monitoram suas escolhas de compra meses antes da Black Friday. Mas a compra por impulso acontece, e muito, já que estamos falando não só de “custo pelo benefício”, mas de “custo pela oportunidade”, ainda mais nesse momento em que a economia não vive dias saudáveis.

Os clientes agora esperam que as empresas forneçam uma experiência real e conectada. Por exemplo: criamos para a Reckitt uma campanha para seus produtos da categoria de Health que enaltecia - não aquela compra planejada que o shopper estava esperando meses baixar o preço para comprar - mas aquelas do dia a dia...Jontex, Veet, Enfamil, Sustagen e por aí vai! Assim, criamos a Black Friday da Vida Real. 

Mundo do Marketing - Falando na data, o que devemos esperar dela em relação ao E-commerce? Quais são os pontos de maior atenção?

Carlos Gajo - Os shoppers estão cada vez mais conscientes do que eles compram e de quem compram. As pessoas gastam menos e compram mais on-line. O que isso impacta? Mais concorrência pela mesma venda. É preciso estar preparado para vender como as pessoas irão comprar. Você tem “Esquenta Black Friday”, tem “Black Friday antecipado”, ou seja, um período que extrapola a sexta e que vem ganhando uma nova roupagem de menos desconto e mais experiência atrelada a esse desconto. Um diferencial que precisa ser considerado sempre.

Mundo do Marketing - As marcas já estão atentas as ações desse ano? 
Como estão as ações publicitárias para trabalhar o e-commerce para esta data comercial tão importante?

Carlos Gajo - A Black Friday já está no calendário dos nossos clientes como um momento de extrema importância para o negócio. Não pensamos em uma data separada; construímos uma sinergia da mensagem para os nossos clientes durante todo o ano. Dessa forma, não ficamos empurrando um desconto, oferecemos um momento diferente de interação e experiência de compra em total sinergia com todo o storytelling criado. As agências e a indústria não podem mais encarar a Black Friday como um momento para vender mais somente. É um momento de grande oportunidade para que as pessoas conheçam sua marca. Uma forma da venda ir além da data.

O Brasil é o segundo país do mundo que passa mais tempo nas redes sociais. Segundo uma recente pesquisa feita pela Comscore, os consumidores brasileiros passaram, em média, mais de 47 horas nas redes durante o mês de dezembro.

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Fonte: @Mundo Marketing